Quatro meses se passaram desde aquela noite em que Isabella viu o lado mais sombrio do homem que amava — e escolheu ficar.
Desde então, os dias ao lado de Dominic Romano foram intensos, cheios de contrastes: ternura e desejo, segurança e medo, amor e sombras. Ela se acostumou com a grandiosidade da mansão na encosta da Sicília, com os gestos carinhosos dele e com os silêncios carregados de um passado que Dominic raramente verbalizava.
Naquela noite, no entanto, as sombras pareciam distantes. A pequena vila onde estavam jantando era charmosa e elegante, com luzes douradas penduradas entre as árvores e o som suave de um violino ao fundo. A mesa para quatro estava coberta por uma toalha rendada, vinho tinto italiano, risos soltos e olhares apaixonados.
Donavan, de blazer claro e sorriso mais leve do que o habitual, segurava a mão de Sofia com firmeza e orgulho. Sofia estava radiante num vestido azul, os olhos brilhando com emoção.
— Eu ainda não acredito que vocês vão mesmo se casar. — I