Angelina Ribeiro
Na sexta-feira tudo se acalmava devagar, Diogo levando os meus filhos a escola, após preparar um saboroso café da manhã, Ana Júlia pedindo para vir comigo ao escritório.
No meu dedo já não havia aliança, nem minha, nem de Milena, após me arrumar, abrir o meu porta jóias, procurando um anel que pudesse ocupar o lugar dela.
Apenas para evitar perguntas, mas também para não sentir falta, para mim, Milena deveria ser uma boa mulher, talvez nós dariamos bem, até mesmo a medida do dedo era igual.
Mas agora aquela aliança voltava a ser de Milena e no meu dedo anelar, só coube um solitário com uma pedra de origem duvidosa.
Eu não investiria meu dinheiro comprando jóias caras, nem pedras preciosas, isso seria para pessoas de outra classe.
Me olhei no espelho amando o meu cabelo ondulado sem escova, loiro claro, o tom mais próximo possível dos meus filhos, a maquiagem boa o bastante para cobrir as rugas, a pele que já se encolhe.
Não era doloroso envelhecer, como diria Camila,