Acordo com a sensação de que estou em um sonho.
O braço de Gabriel está envolto na minha cintura, quente e firme, e a respiração dele bate suavemente na minha nuca.
Por um momento, não quero abrir os olhos.
Quero apenas gravar a sensação de estar nos braços dele, como se esse instante fosse eterno.
Mas então, a realidade me atinge.
O que fizemos ontem… foi incrível, intenso, mas também perigoso.
Ele é meu chefe. Eu sou apenas sua assistente.
E se isso mudar tudo?
Viro-me devagar para encarar Gabriel. Ele ainda está dormindo, com os cabelos levemente bagunçados e uma expressão tranquila que raramente vejo no escritório.
Por um instante, fico apenas observando — há algo hipnotizante em vê-lo assim, tão vulnerável e humano.
Quando tento me levantar, ele abre os olhos.
— Onde pensa que vai? — Sua voz rouca me arrepia por inteiro.
— Eu… preciso ir para casa. — Murmuro. — Tenho que trocar de roupa antes do trabalho.
Ele segura minha mão, puxando-me de volta para a cama.
— Fica mais