Salvatore saiu do gabinete do general sem dizer mais uma palavra. Seus passos ecoavam pelo corredor com a mesma precisão que sua mente trabalhava — fria, focada, implacável. Aquilo não era apenas uma missão, não mais. Era algo pessoal, embora ele ainda se recusasse a admitir.
Seguiu direto para o alojamento onde ficavam armazenadas as fichas dos soldados e registros internos. Precisava de nomes. Rostos. Pistas.
Fechou a porta atrás de si e acendeu a luminária sobre a mesa. O ar ali era empoeirado e o silêncio quase absoluto, exceto pelo som dos papéis sendo folheados. Começou a vasculhar arquivos antigos, cruzando nomes com registros de turnos, autorizações de acesso, câmeras de segurança, tudo que pudesse ligar alguém da base a Mikhail.
Horas se passaram. A luz do dia já se dissolvia em sombras, e seus olhos estavam ardendo. Até que um nome apareceu com mais frequência do que deveria. Um sargento: Viktor Marchetti. A ficha estava limpa demais. Boa conduta, sem faltas, mas… aces