Laura a abraçou apertado.
— Tá tudo bem agora. Você tá segura. Mas não some assim de novo, tá? Eu fiquei desesperada.
Isadora suspirou, sentindo-se finalmente amparada.
— Eu prometo. E... obrigada por nunca me deixar só.
— Sempre, Isa. Sempre.
E, pela primeira vez em dias, ela sentiu que talvez não estivesse tão sozinha no mundo.
O apartamento de Laura estava silencioso, com exceção do leve tilintar da colher contra a caneca enquanto ela preparava um chá para Isadora. A amiga, sentada no sofá com um cobertor sobre os ombros, ainda estava visivelmente abalada. Os olhos inchados e a expressão vazia denunciavam o cansaço de uma alma em conflito.
Laura sentou-se ao lado dela, estendendo a caneca quente.
— Aqui. Vai te ajudar a relaxar. Agora me conta tudo...
Isadora aceitou com um aceno grato, soprando o vapor antes de dar o primeiro gole.
— Eu fui até a sala dele quando o expediente estava acabando pra contar sobre a gravidez... tinha decidido que ele tinha o direito de saber. Estava pro