— Eu não vou contar. — ela afirmou com firmeza. — Ele nunca vai saber. Esse bebê é meu. Só meu. Ele não merece saber.
Thiago se recostou na cadeira, triste por ela. Entendia o medo, mas também via a dor que ela escondia sob aquela decisão.
Enquanto isso, Rafael descia com raiva fervendo nas veias. Pegou as chaves do carro e saiu em disparada pelas ruas. A cabeça cheia, o coração pesado. Mas, ao dobrar a esquina da empresa, viu algo que o fez pisar no freio abruptamente.
Isadora.
Ela estava ali, entrando em um pequeno café, com um homem.
Ele estreitou os olhos.
— O cantor... — murmurou, reconhecendo Thiago.
A raiva explodiu em seu peito. Vê-la ali, chorando, sendo consolada por outro, o destruía por dentro. Aquela mulher... aquela mulher que não saía de sua cabeça nem por um minuto, estava nos braços de outro homem.
— Claro... ela encontrou consolo bem rápido — disse entre os dentes, apertando o volante.
Com um movimento brusco, arrancou o carro dali e pegou o caminho da boate Delírio.