O silêncio da sala de Isadora era quebrado apenas pelo som suave do relógio sobre a estante. Ela estava sentada diante de sua mesa, mas sua atenção não estava nos relatórios abertos no monitor. Seu olhar repousava sobre o ventre ainda discreto, e a mão repousava ali, como se quisesse protegê-lo do mundo.
— Vai chegar a hora certa... — sussurrou para si mesma. — Só preciso de coragem.
Ela sabia que precisava contar para Rafael. Não era justo esconder algo tão importante. Mas o medo a paralisava. O medo da rejeição, da indiferença. "E se ele disser que não quer? E se ele mandar eu tirar...?"
A ideia doía como uma lâmina fria em seu coração.
Acariciou o ventre novamente e sorriu, um sorriso misturado de dor e esperança.
— Você é meu milagre... o filho que sempre sonhei. Mesmo quando Rodrigo dizia que não queria, mesmo quando os exames diziam que seria difícil... você veio. E eu nunca, nunca vou desistir de você. — falou em voz baixa, como se contasse um segredo ao bebê.
Aquela semana mar