Margarida
O jantar foi perfeito.
A comida estava maravilhosa e, depois da péssima surpresa que tive com a visita daquele homem idiota, Ronaldo fez questão de melhorar nossa noite. E conseguiu.
— Pensei em te levar a um lugar... aceita? — ele perguntou, com aquele brilho misterioso nos olhos.
— Claro, eu aceito tudo — afirmei sem pensar.
Assim que as palavras saíram, percebi o duplo sentido. Nossos olhares se encontraram, e por um instante, o silêncio ficou carregado de algo mais. Falei demais, e ele percebeu.
Ronaldo pagou a conta poucos minutos depois e me guiou com uma mão firme, possessiva, até o carro. Sentir sua proximidade assim me dava uma estranha sensação de segurança... e desejo.
Ele dirigiu até um ponto próximo ao parque. Contornando uma pequena estrada de terra, chegamos a um lago imenso. À beira da água, a areia fina lembrava uma praia isolada. O luar refletia sobre a superfície calma, tornando o cenário ainda mais encantador.
Sem dizer uma palavra, Ronald