Margarida
Acordei sentindo um braço firme ao redor da minha cintura. A respiração quente de Ronaldo roçava a minha nuca, e abri os olhos devagar, ainda flutuando entre sonho e realidade. Ele dormia profundamente, todo descoberto, o corpo forte esparramado na cama como se o mundo não existisse além daquele quarto.
Olhei para mim. O lençol cobria apenas da cintura para baixo, deixando meu peito exposto. Não senti vergonha — apenas um calor bom, uma lembrança viva do que aconteceu horas antes.
A noite anterior foi... mágica.
Nós fizemos amor. Se esse for o nome certo. Fizemos com o corpo, com o olhar, com as palavras sussurradas no escuro. E eu me senti tão segura debaixo dos braços dele. Tão... acolhida.
Tão amada.
Mesmo que o amor, teoricamente, não existisse entre nós.
Sorri sozinha ao lembrar de como ele me tocou, como ele me leu com o toque e a boca. Como me levou ao ápice várias vezes, como se quisesse me decorar por inteiro.
— Espero que esteja lembrando da noite pa