Margarida
Ronaldo andava um pouco atrás de nós, observando. Enquanto isso, eu e Emma olhávamos as vitrines, comentando sobre as roupas. Ela é uma criança doce, mas cheia de opiniões.
— Que vestido feio. — comentou, inocente.
Eu caí na risada.
O telefone de Ronaldo tocou, ele atendeu, mas manteve os olhos em nós duas o tempo todo.
— Ali! Eu quero aquele, Margarida. O de morango com chocolate! — pediu, apontando animada para um quiosque de gelato.
— Então vamos lá.
Segurei sua mão e segui com ela até o balcão. Emma fez seu próprio pedido — um sorvete bem maior do que eu imaginava. Senti um braço tocar meus ombros e olhei para cima.
— Deixou ela pegar o maior? Ela não vai aguentar tudo isso. — Ronaldo comentou, tentando conter o riso.
— A gente divide o que sobrar. — dei de ombros.
O atendente entregou o sorvete e ela saiu na frente, feliz da vida.
— Ela não costuma sair muito, por isso adora vir ao shopping. — ele explicou. — Eu trabalho demais, só chego em casa à noite.
—