Margarida
Não percebi que estava chorando até sentir o toque suave de Ronaldo na minha bochecha. Ele virou o rosto para mim, os olhos cheios de preocupação.
— Margarida... eu te machuquei? Está tudo bem? Quer que eu te leve para dentro? Fiz algo que você não gostou? — a voz dele era um sussurro tenso, como se estivesse com medo da resposta.
— Não. — respondi com um fio de voz, secando as lágrimas apressadamente. — Foi tudo... perfeito.
Engoli em seco, tentando encontrar palavras para explicar o que nem eu mesma entendia direito.
— Eu nunca senti isso antes. O que senti agora... você disse que eu gozei, e foi... — minha voz falhou, tomada pela emoção.
Ele me olhava, atento, quase sem piscar, esperando que eu terminasse.
— Foi perfeito.
Os olhos de Ronaldo se arregalaram, como se uma ficha tivesse acabado de cair.
— Espera. — murmurou, incrédulo. — Você nunca tinha gozado antes? Margarida, e o seu prazer...?
O tom dele se tornou carregado de frustração e incredulida