Capítulo 32

Margarida

Os dias foram passando, e algo entre Ronaldo e eu começou a mudar. Não sabíamos dizer o que era, nem dar nome à transformação silenciosa que nos envolvia. Mas sentíamos. E era bom.

Era como se, enfim, nossa família estivesse no lugar certo.

Eu. Ronaldo. E Emma.

Como se aquilo tudo... sempre tivesse sido destino.

— Margarida, você quer ver o que eu desenhei?

A vozinha de Emma me arrancou do devaneio. Estávamos à mesa, tomando café da manhã em um raro silêncio. Todos se viraram para ela quando falou. Ronaldo. Meus sogros. E eu, surpresa com o chamado.

— Claro, querida, mostre pra mim — respondi com um sorriso.

Emma adorava desenhar. Aquilo sempre a empolgava. E vê-la animada me contagiava também — era como um raiozinho de sol entrando pela janela da alma.

— Essa sou eu — disse, apontando com o dedinho. — Esse é o papai. E essa aqui do lado dele é você...

— E esse aqui? — perguntei, inclinando a cabeça curiosa para uma figura pequenininha, mal definida.

Em
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