Cerco Silencioso
A manhã surgiu envolta numa névoa espessa. O ar carregava a umidade dos campos ao redor da Fazenda Feitiço do Sol Nascente, mas dentro do salão de reuniões, o clima era outro:
Tenso, concentrado e estrategicamente alinhado. Todos estavam presentes. As luzes brancas realçavam os rostos sérios, as expressões firmes, o olhar atento de quem sabia que cada detalhe daquela reunião poderia salvar ou condenar vidas.
Mateus estava de pé à cabeceira da mesa retangular. Ao seu lado, Paola exibia a mesma postura firme. Havia papéis, mapas, dossiês e um projetor ligado à tela no fundo. Marcelo e Fernando, recém-chegados da Itália, sentavam-se juntos, trocando sussurros técnicos sobre as implicações jurídicas das próximas ações.
— Hoje voltamos aos planos de ataque contra os Cordobeses. Começou Mateus, com voz grave.
— Já passou a lua de mel. Agora é guerra.
O silêncio que se seguiu era cheio de concordância. Javier ajeitou os óculos enquanto folheava o relatório entregue por Fer