Depois que corri para casa para me vestir, caminhei com Max pelo meu bairro tranquilo. O ar fresco da manhã ajudava a clarear a mente, e ele parecia em êxtase, farejando cada arbusto e tentando perseguir pássaros imaginários. Eu me permiti observar as decorações natalinas pelas casas ao redor: luzes piscando nas janelas, árvores brilhando atrás de cortinas entreabertas, pequenos enfeites cintilando sob o sol.
Sem perceber, seguimos por um caminho de terra ladeado por árvores altas e coberto por gelo firme. O som das folhas farfalhando ao vento e o canto distante de alguns pássaros criavam uma atmosfera de paz quase hipnótica. O percurso terminou em um penhasco, de onde a vista me arrancou o fôlego. O céu estava limpo, azul, e o sol refletia nos telhados das casas lá embaixo, criando um brilho dourado que parecia mágico.
Max se sentou ao meu lado, tão encantado quanto eu.
— Você sabia que esse lugar estava aqui, Max? — perguntei, acariciando sua cabeça. — Eu não moro aqui há muito temp