Fui empurrada para um dos assentos estreitos e desconfortáveis do pequeno avião, e Marcelo se sentou ao meu lado. Seus olhos nunca se afastaram de mim, como se tivesse certeza de que eu tentaria escapar outra vez. O motor roncava alto, fazendo a cabine vibrar, e a pista começou a desaparecer pela janela conforme ganhávamos velocidade.
Meu coração batia forte, não apenas pelo medo, mas também pela esperança de ver Ethan em breve. Será que ele viria sozinho? Ou teria arriscado chamar a polícia? O que Marcelo realmente pretendia?
O avião subiu suavemente, e Marcelo recostou-se no assento, tenso, mas com um sorriso satisfeito, como se acreditasse que tudo estava sob controle. Eu, porém, sabia que o pior ainda estava por vir.
Depois de cerca de uma hora, senti o avião perder altitude. Pela janela, uma imensidão verde surgiu — árvores sem fim, uma floresta densa que parecia engolir o mundo. Quando pousamos, o sol já despontava no horizonte, e o silêncio só era quebrado pelo canto distante d