Narrado por Ares Marino
O papel estava manchado de sangue antes mesmo da primeira execução.
Sete nomes. Sete homens que riram, financiaram e abriram caminho para o atentado no dia do meu casamento. Cada um deles achou que poderia se esconder atrás de seguranças, contratos ou do próprio medo.
Esqueceram quem eu sou.
Esqueceram quem são os irmãos Marino.
Apolo entrou no escritório com o paletó sujo de terra e sangue seco nas mangas.
— O terceiro caiu. Giovanni Russo. Estava escondido em uma casa de campo em Modena, com a família. Fizemos rápido. Ninguém mais saiu de lá.
Assenti com a cabeça, sem desviar os olhos do próximo nome: Carlo Ventreschi.
— Ventreschi está no cassino de Trieste. Segurança pesada. Dez homens armados. Dois andares de vigilância eletrônica.
Zeus bufou, encostado na parede.
— Então vamos explodir o cassino. Foda-se o dinheiro. A gente imprime mais.
— Não — falei, firme. — Quero ele na frente de todo mundo. Quero o chão sujo de sangue e as fichas encharcadas. Eles pr