Narrado por Violetta
O silêncio da manhã parecia estranho demais.
A casa estava calma, como se o mundo não estivesse em guerra do lado de fora. Apolo havia saído antes do sol nascer, sem dizer para onde ia, apenas me beijando na testa e prometendo que voltaria até o jantar.
Eu fiquei olhando para a porta por alguns minutos depois que ele saiu.
Sempre que ele parte… uma parte de mim congela.
Passei a manhã lendo um livro que encontrei na estante. Tentei me distrair. Tentei pensar em outra coisa. Mas desde o ataque ao porto, a tensão pairava sobre mim como uma sombra que se recusa a se afastar.
Eu não era burra. Sabia que algo maior estava vindo.
Sabia que estar com Apolo significava estar em guerra também.
Depois do almoço, subi para o quarto, com a ideia de tomar um banho longo. Mas parei quando vi algo em cima da cama.
Era um envelope preto.
Fechado com cera vermelha.
Meus olhos congelaram.
Nenhum dos homens que cuidavam da segurança da casa me avisou sobre qualquer entrega. E ningué