Magnus permanecia em sua fortaleza sombria, envolto por tochas negras que queimavam com fogo azul. Seus generais se ajoelhavam diante dele, corpos imensos de lobos e guerreiros corrompidos pela escuridão. O rei das sombras caminhava em círculos, o olhar em brasas, cada passo reverberando como trovão pelo salão.
— Quero o refúgio destruído — sua voz ecoou, profunda, carregada de fúria. — Annabelle, Andreas, Azaleia... nenhum deles pode escapar desta vez.
Seus soldados urraram em obediência, mas Magnus ergueu a mão e os silenciou. Havia algo que lhe corroía a mente mais do que a fuga de seus inimigos: a criança da lua.
— Procurem a menina. — Seus olhos faiscavam. — A criança da deusa não pode permanecer escondida. Se ela despertar... minha queda será inevitável.
As sombras se ergueram como serpentes, deslizando pelas paredes, tomando forma de guerreiros translúcidos, e partiram na noite em busca da pequena.
Enquanto isso, no refúgio dos híbridos, a atmosfera era completamente diferente.