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Quando eu amo não solto nunca

Ponto de Vista de Bernardo

Eu sempre fui o impulsivo.

O sangue quente.

O que age primeiro e pensa depois.

Benjamin era o equilíbrio, a razão, o cálculo frio que evita desastres. Eu sempre tive orgulho disso nele — porque eu sabia que, se algum dia eu cruzasse uma linha, era ele quem iria puxar minha coleira, me trazer de volta, impedir que eu me tornasse um monstro como aquele feiticeiro que quase destruiu nossa família no passado.

Mas naquele dia… naquele dia foi diferente.

A faísca acendeu primeiro nele.

E eu… apenas segui.

E talvez esse seja o detalhe mais assustador: o irmão sensato se tornou o impulsivo. E se Benjamin, o mais calmo entre nós, perdeu o controle… talvez nós dois já estivéssemos quebrados há muito tempo.

Eu lembro da cena como se tivesse sido marcada a ferro quente na minha memória.

As duas meninas saindo da livraria, rindo, dividindo um fone de ouvido. O mundo parecia comum ao redor delas — carros, pessoas, sol, cheiro de pão. E eu senti… senti algo dentro do p
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