Conforme a curandeira aplicava o cataplasma de amargas ervas em seus ferimentos, Bat fechou os olhos — e foi arrastado de volta àquela momento.
A tenda de Donaldo. O ar pesado com o cheiro de incenso e sexo e suor. As concubinas nuas, seus corpos dourados pela luz das lamparinas, inconscientes do assassino que se movia entre as sombras como um peixe em águas escuras.
Bat atravessara as pregas do tecido como se fossem névoa, sua lâmina faminta pelo coração do explorador das sombras. O golpe foi perfeito — silencioso e preciso e mortal.
Mas atingiu apenas a vaziez.
O cobertor esfarrapado cedeu sem resistência.
Bat recuou, seus sentidos em máximo alerta. "Como? Como?..."
— Acha que pode me matar em meu próprio território?
A voz... veio de todos os lados e de lugar nenhum.
Nisso, uma faca cortou o ar. Bat desviou por um triz, mas não o suficiente — a lâmina lhe abriu a bochecha como um perverso beijo. Sangue quente escorreu por seu queixo.
Ele contra-atacou, emergindo das sombras