Tupã atacou – um soco direto que cortou o ar com um assobio metálico. Seu adversário evaporou como fumaça, posicionando-se atrás dele num piscar de olhos. O chute baixo que devolveu atingiu Tupã como um chicote de sombra, enviando-o de encontro ao chão próximo ao altar.
O impacto ecoou em seus tornozelos biomecânicos, um latejar elétrico percorrendo suas pernas. Mas ele já estava se movendo antes mesmo de parar de rolar, evitando lâminas de trevas – sua mão esquerda cravou-se no solo negro, impulsionando seu corpo num movimento fluido conforme sua perna varria o espaço onde o inimigo deveria estar.
O anarok saltou, mas por uma fração de segundo seu equilíbrio vacilou no ar – tempo suficiente.
Duas lâminas – banhadas em água sagrada – zuniram da manga de Tupã, cruzando o espaço entre eles como prateados relâmpagos.
O inimigo dissolveu-se novamente.
As lâminas cravaram-se no flanco esquerdo do altar negro – e então, o vale uivou.
Sombras contorceram-se como animais feridos, gemidos gutu