O pântano era um reino de névoa e segredos. A luz da lua se escondia atrás de nuvens espessas, como se temesse iluminar demais os horrores que ali se desenrolavam. A água estagnada refletia apenas fragmentos do céu, criando um espelho quebrado que distorcia as formas e confundia os sentidos. Era um lugar onde o tempo parecia se dobrar, onde cada passo poderia levar a um destino desconhecido.
Tupã movia-se como uma sombra, seu corpo biônico mesclando-se com a escuridão, seus olhos azulados reluzindo como faróis em meio à névoa. Ele era um predador, ágil e silencioso, e o pântano era sua caça.
Os mercenários não o viram chegar.
Eles estavam agrupados em uma clareira, suas lanternas balançando suavemente conforme conversavam em vozes baixas. A confiança deles era evidente, como se acreditassem que o pântano lhes pertencesse. Mas eles estavam errados.
Tupã observou-os por um momento, calculando, avaliando cada movimento, cada sombra. Ele contou doze homens, todos armados, mas distraídos.