SAMANTHA VASCONCELOS
Seis meses depois:
Chego tarde da empresa, e encontro Dom no quarto com Obra prima dormindo aos seus pés.
— Oi, nenê — digo para ela e enfio o nariz em seus pelinhos.
— Sempre ela primeiro né? — diz meu namorado, levantando os olhos de um livro.
—Você não me recebe saltitando e dando a vida por um colinho.
Ele dá risada e vou para cima dele, já o montando, mas ele me impede.
— O que pensa que está fazendo? — ele pergunta.
Estranho sua reação. Com o cenho franzido, respondo:
— Te dando oi do nosso jeito preferido?
— Oi amor — diz ele com um sorriso, um beijo na testa e um cheiro.
Ele se levanta comigo no colo e fala:
— Temos compromisso.
— Compromisso? Que compromisso? Eu não tenho nada marcado.
— Tem sim, amor.
— Não tenho, Dom.
— Tem um jantar à luz de velas esperando por você — começo a sorrir. — Na biblioteca — Completa.
— O que?
— Pois é, estou inovando, pro nosso relacionamento não cair na rotina.
Reviro os olhos, Dom sendo… Dom.
Esse cara realmente nunca