IAN MCDOUGALL
Não estou sabendo lidar com o turbilhão de sentimentos ruins que estão me afligindo. Na verdade, se parece mais com um ataque. Um ataque de sentimentos.
Primeiro minha mãe, agora… meu pai?
Me pergunto o que posso ter feito para merecer tal destino. Quando fecharam aquele caixão, e o selaram dentro da terra, algo dentro de mim se quebrou.
Não há outra maneira de colocar: uma fenda se abriu em meu coração, e dali, parecem escorrer todo tipo de sentimento.
Sentimentos ruins.
Angústia.
Medo.
Desespero.
Solidão.
Não existe mais ninguém nesse mundo que seja pra mim, por mim. Eu tinha meu pai, e agora não tenho nada e nem ninguém.
É exatamente por isso que passei os últimos dias me embebedando na cabana do meu pai. Minha agora, essa cabana é minha.
Não sei quantos dias se arrastam, enquanto passo por essa situação deplorável que eu mesmo me coloquei. Esse é o primeiro dia que passo com certa lucidez, as outras vezes que tentei, os sentimentos eram demais para suportar.
Mas agor