O salão mergulhou em silêncio absoluto quando a cortina de veludo foi puxada para o lado. No centro, iluminada por uma luz dourada, surgiu a Dama mascarada. Seus passos eram firmes, e cada gesto carregava uma confiança que fazia os olhares grudarem nela.
Um pedestal metálico, incomum para os padrões daquele salão, erguia-se sob o lustre principal. Sussurros curiosos percorreram a plateia — ninguém jamais havia visto algo semelhante naquela casa.
Quando a música começou, suave e envolvente, a Dama aproximou-se do mastro polido e o tocou como se fosse parte de si mesma. Então, com um movimento fluido, deslizou pelo eixo em uma espiral lenta, seu vestido rodopiando em torno dela como uma chama que dançava ao vento.
Os espectadores prenderam a respiração. Não havia vulgaridade em seus movimentos, mas uma mistura arrebatadora de força e delicadeza. A cada giro, revelava-se uma nova face de sua personalidade: ora intensa e dominadora, ora etérea e delicada.
Jhon, sentado entre os convidados