Ela é uma mulher doce e sedutora... Ele um homem frio e arrogante! Mas quando essas duas almas se encontrarem, poderá ser revelado os mistérios que cada um guarda no coração. Será ela capaz de amenizar a frieza de Jhon, que foi adquirida por anos a fio vendo as crueldades da guerra? Sera ele capaz de desvendar os mistérios que trazem no olhar de Sophie? Duas almas rebeldes que viverão um lindo e doce amor. Vamos mergulhar nesta história de amor, segredos e mistérios!
Leer másUma brisa suave batia em seu rosto, talvez para secar as lágrimas que insistiam em cair do rosto de Sofia.
Recebeu a notícia há uma semana, e ainda tinha lágrimas para chorar por seu irmão Stephen que havia morrido na guerra. Foi um choque para sua família. Sua mãe vivia desolada pelos cantos da casa, então ela tinha que ser forte e se manter forte. Mas quando não aguentava de tristeza, ia para o seu esconderijo, aquele que Stephen havia construído para ambos quando ainda eram jovens. Ela tinha 12 e ele 15 anos de idade, ainda podia se lembrar de suas palavras: -Esse será nosso esconderijo Sofia, não conte a mamãe e a ninguém da existência dele. - ela concordava com a cabeça, maravilhada com a inteligência de seu irmão. O ajudou a construir, e sempre que tinha problemas era para ali que ia, e ficava horas pensando na vida. Desde que seu irmão partiu para a guerra a 13 anos atrás, vinha ali com frequência, pois tinha muitas coisas que precisava "guardar" e a sua casa não era o melhor lugar. Guardava também sua coleção de facas, presente que seu irmão havia lhe dado assim que ela terminou seu treinamento. Sim ele a treinou com armas para que pudesse se proteger da vida - dizia ele - Ela nunca havia entendido o que ele queria dizer, mas a um certo tempo atrás entendeu, e até agradeceu as horas de treino, os machucados e os arranhões adquiridos ao longo dos exercícios. Sofia foi tirada de seus pensamentos ao ouvir sons de trovões, parece que até os céus lamentam sua perda. E decidiu que era hora de voltar pra casa, sua mãe poderia estar precisando dela. *** Jhon abra a porta! — gritava ferozmente seu amigo Cedric — Não pode ficar a noite toda, há uma festa nos esperando várias prostitutas... — Ja disse que não vou Cedric! — exclamou Jhon emburrado — estou ocupado e amanhã irei partir para minha mediocre vida de senhor de terras! — Se não abrir vou arrebentar, e colocarei uma porta nova na sua conta! — Jhon sabia que seu amigo falava a verdade, portanto decidiu abrir, tudo que não queria, era escândalos a essa altura. — Diga Cedric? seja breve — Disse ele olhando para o amigo com cara de desdém. — Como você consegue ficar trancado neste quarto a noite toda, com uma festa maravilhosa acontecendo lá embaixo, cheia de mulheres e bebidas? — Não estou a fim! nem em clima de festa, faz.... — Hooo não, Jhon, não me venha com essa ladainha de novo! eu sei que Stephen morreu, ou pelo menos é o que achamos, visto que não foi encontrado corpo, mas isso já foi há 60 dias! Ele certamente iria querer você lá embaixo aproveitando a boa sorte que teve de nascer rico e bonito. — Jhon riu baixinho, certamente Stephen iria adorar este tipo de festa, logo ele que tinha muita sorte com as mulheres, e onde chegava sempre arrasava corações! — Você está certo Cedric, mas ainda me sinto culpado e ... — Jhon por Deus você não poderia fazer nada, ele também era meu amigo. Os 3 mosqueteiros lembra? e ele escolheu ir naquela patrulha. Não tinha como adivinharmos que era uma emboscada do inimigo. — Ainda acho que isso não tem haver com nossos inimigos! precisava de mais tempo pra descobrir algo. Nem sei se ele está morto realmente. Aquela dúvida angustiava Jhon dia e noite, tudo aconteceu tão rápido que ele ainda não se conformava. Não podia acreditar que alguém matou Stephen, o esgrimista mais habilidoso que ele já tinha visto na vida E o fato de a notícia de sua morte ter vindo de uma prostituta, o intrigava mais ainda. — Jhon, percebe que aqui no quarto não descobrirá nada? estou com você nessa, mas precisamos saber quem era aquela mulher que lhe deu a noticia e sumiu, e que lugar melhor que num bordel? Cedric estava certo pensou Jhon! — Há boatos que virá uma comitiva de dançarinas maravilhosas! E uma em especial mascarada, é a estrela do show! — São prostitutas mascaradas? Hum... interessante! — Tudo o que sei é que uma dançarina é mascarada, e que também ninguém jamais se deitou com ela, e dizem que o que tentou, está sem o penis, porque ela arrancou com uma faca! — Kkkkkkkkkk que história mais hilária Cedric! uma mulher que arrancou o pênis de um homem com uma faca? E ele nao tinha os dois braços também? — Vai rindo... tudo que sei é o que ouço, e você deveria investigar isso direito. Às vezes essa mascarada sabe de algo que possa nos ajudar. — Pensando por este lado, Cedric estava certo. Já tinha ouvido falar dessa mascarada, e que ela andava fazendo perguntas.... Enfim, colocou seu casaco e resolveu ir para a festa, quem sabe ele teria boas noticias. *** Mamãe? a senhora está bem? —perguntou Emanuelle, irmã de Sofia — Estou filha! só um pouco cansada. — disse-lhe sua mãe. Emanuelle era tão doce que pensou a Senhora Mir. O oposto de Sofia e os gêmeos, que eram agitados, embora fossem uns amores com ela. Sempre dispostos a ajudar e fazer o que preciso fosse para vê-la feliz. A alegria de sua vida acabou no momento que seu amado esposo faleceu, era tão feliz com ele e seus cinco filhos, todos criados ali naquela mesma casa. Podia fechar os olhos e ver todos ali, brincando ou fazendo alguma arte. Sofia sempre nos calcanhares de Stephen, não desgrudava um minuto, e ele um rapaz tão bondoso sempre disposto a ensinar tudo a sua irmã mais nova, os dois viviam grudados demais. Tanto, que Sofia, custava arrumar um casamento pelo seu temperamento destemido, e sua língua afiada. Achava tão linda aquela cumplicidade dos dois, hoje via que isso fez muito mal a sua filha. De todos naquela casa, ela foi a que mais sentiu com a notícia de sua morte. —Mamãe a Senhora acha que Stephen morreu mesmo? não acharam o corpo dele, e Sofia disse que iria descobrir a verdade sobre isso. — Sua irmã é uma tola Emanuelle, o que uma jovem moça poderia fazer para descobrir algo? — Se bem que aquilo a assustava, se Sofia disse que iria descobrir, ela daria um jeito! — Bom eu nao sei.... — O que minha irmã linda faz confabulando sobre minha pessoa com mamãe?— Sofia pergunta chegando em casa. — Nada Sofi disse a ela que você iria descobrir a verdade sobre nosso irmão . — Ha isso eu irei fazer! cadê Erick e Euron? — Foram a casa de Lord Stone a pedido dele.— disse a Senhora Mir. — Minha filha creio que você poderia esquecer esta história, se assim do jeito que esta, já não arranja um pretendente, imagine envolvida em algum escândalo !— Aquilo era demais para ela sequer imaginar, mas se tratando de Sofia, ela podia esperar tudo. — Lá vem a Senhora com essa história, já disse que os homens não prestam mamãe, o único que se salvava a senhora casou com ele. — E dizendo isso deu um beijo em sua testa e subiu correndo para seu quarto com sua irmã atrás. — Que Deus a proteja, pensou sua mãe com essa rebeldia não arranjaria um marido nunca! *** —Sofi já sabe as últimas notícias ?— perguntou Emanuelle — Não! Já disse que não me interesso por fofocas de bailes e festas de Manu. — Mas essa vai te interessar, sabe quem está voltando para a cidade? Jhon!—Sofia que estava distraída tirando seus sapatos, a menção deste nome a fez estacar e arregalar os olhos. Seu coração disparou, e começou a suar frio. Mas tentou disfarçar a emoção e os arrepios que começaram a subir pelo seu corpo. — Nossa sério? o que o traz de volta? — Não sei se devo contar, você disse que não liga pra fofocas. kkkkk— Emanuelle riu muito quando viu sua irmã sempre calma e contida, ficar nervosa e corada ao ouvir o nome de Jhon. — Sabe que isso me interessa Manu, ele estava com Stephen, pode saber algo que me ajude, e vai ter que me dar explicações também. — Ho Céus a quem ela queria enganar? estava eufórica sim, mas era por outro motivo. Depois de 13 anos ela iria reencontrar aquele que povoava seus sonhos. Jhon sempre foi seu amor, quando o viu pela primeira vez, não pôde conter um gemido de admiração, tinha a mesma idade que Stephen, mas era forte e másculo, e muito atraente! Ela por sua vez era miúda e sem atrativo nenhum, e ele sempre a olhava como a irmã mais nova de seu melhor amigo. Aquilo a irritava profundamente. Não era uma dama, e totalmente desprovida de beleza, e desejava aquele homem para si. Talvez por isso nunca tenha arrumado um pretendente, todos que apareciam fazia questão de compará-los com Jhon, ou com o que lembrava dele. E nunca tinha achado alguém que se assemelhasse à beleza e ao charme dele. — Fale Manu... — Então ele está voltando para cuidar da herança dos Stone! Lorde Stone dará um super baile para comemorar! e adivinhe? — Emanuelle lhe disse eufórica — Fomos convidadas! toda a cidade, lá podem ter vários pretendentes e.... — Não termine Manu, já disse que não irei me casar! agora saia quero descansar!— Emanuelle ficava muito brava quando sua irmã a tratava como uma tola, mas mesmo assim preferiu não dizer nada e saiu do quarto. Sofia estava eufórica, iria vê-lo!! mas precisava se concentrar no seu objetivo. Descobrir a qualquer custo a verdade sobre a "morte" de seu irmão.Jhon se afastou levemente, os olhos perdidos na janela, vendo a luz do dia espalhar-se pelo jardim. A culpa o apertava como ferro quente; usava Brenda para aplacar seu desejo, mas nada comparava à obsessão silenciosa que a dama mascarada provocava em cada pensamento seu. Ele sabia que precisava recompor-se antes de qualquer próximo passo — cada momento de prazer físico agora vinha com um peso de arrependimento e de tensão mal resolvida.Enquanto se levantava, ajustando os lençóis e tentando organizar os pensamentos, um frio misturado à excitação percorreu seu corpo. O amanhecer não apenas revelava o mundo lá fora, mas também deixava claro que o dia traria decisões inevitáveis, encontros marcados e mistérios ainda não resolvidos. E, em algum lugar não muito longe dali, a Dama mascarada se movia com confiança e cautela, ignorando que estava sendo observada, enquanto Cedric, escondido entre as árvores, ficava cada vez mais chocado com a descoberta que fizera naquela manhã silenciosa.
Jhon saiu do quarto, os passos pesados no corredor ecoando como um tambor em sua cabeça. Cada respiração parecia insuficiente; o calor do beijo interrompido ainda queimava sua pele, e a sensação de proximidade que tivera agora à pouco parecia um vazio cruel.Ele bateu a porta atrás de si, quase com raiva de si mesmo, como se pudesse expulsar dali o desejo e a confusão que a Dama mascarada deixara. Mas era impossível. Cada gesto dela, cada suspiro contido, ainda queimava dentro dele.— Maldição… — murmurou, os dentes cerrados. — Por que tem que ser assim?O corredor, iluminado apenas por pequenas lamparinas, parecia se estender à frente dele, como se cada passo fosse um esforço para afastar a lembrança dos lábios dela. O coração batia descompassado, e o pensamento se fixava em tudo que não podia ter.Finalmente, ele decidiu: precisava de uma distração. Precisava de alguém que o ouvisse, que não fosse envolvido nos segredos que a Dama mascarada carregava. Pensou em Brenda. Sabia que el
O salão mergulhou em silêncio absoluto quando a cortina de veludo foi puxada para o lado. No centro, iluminada por uma luz dourada, surgiu a Dama mascarada. Seus passos eram firmes, e cada gesto carregava uma confiança que fazia os olhares grudarem nela.Um pedestal metálico, incomum para os padrões daquele salão, erguia-se sob o lustre principal. Sussurros curiosos percorreram a plateia — ninguém jamais havia visto algo semelhante naquela casa.Quando a música começou, suave e envolvente, a Dama aproximou-se do mastro polido e o tocou como se fosse parte de si mesma. Então, com um movimento fluido, deslizou pelo eixo em uma espiral lenta, seu vestido rodopiando em torno dela como uma chama que dançava ao vento.Os espectadores prenderam a respiração. Não havia vulgaridade em seus movimentos, mas uma mistura arrebatadora de força e delicadeza. A cada giro, revelava-se uma nova face de sua personalidade: ora intensa e dominadora, ora etérea e delicada.Jhon, sentado entre os convidados
Jhon acordou naquela madrugada, e não conseguiu dormir. Foi até a porta de seu quarto, onde tinha a passagem para o jardim. Sua última conversa com Cedric havia despertado dúvidas em sua mente. Casar com Sofia? Mas o que ela representava de fato para ele? E aquela dama? Quem era? Isso o intrigava E seu amigo Stephen, o que teria acontecido naquele fatídico dia? Resolveu clarear a mente e andar a cavalo antes do nascer do sol. Sem querer acordar ninguém, foi ele mesmo selar seu cavalo, e saiu para cavalgar. O sol começava a tingir o horizonte quando Jhon retornou, ainda com os pensamentos confusos. Ao desmontar do cavalo, avistou a figura imponente do Senhor Kane à sua espera, encostado na varanda da casa principal. O homem mantinha um sorriso cortês, mas o brilho severo em seus olhos não deixava dúvidas de suas intenções. — Vejo que aproveitou bem a madrugada, rapaz — disse Kane em tom calmo, quase amistoso. — É bom limpar a mente de vez em quando, não é mesmo? Jhon assentiu,
Aquela era a confirmação de que precisava. Sofia, Anne e aquela figura estranha que ainda não conseguira decifrar — todos estavam ligados de alguma forma. Estava quase tudo pronto. Agora era só reunir as provas, e então tudo se encaixaria. Com um último olhar em direção à cabana, afastou-se em silêncio, confiante de que estava um passo à frente. A cabana estava mergulhada em silêncio, iluminada apenas pela luz suave da lareira que crepitava, lançando sombras dançantes pelas paredes de madeira. Anne esperava sentada perto da mesa, as mãos inquietas como se não soubessem onde repousar. A porta rangeu devagar, e Sofia entrou, envolta no manto escuro que trazia sempre que queria passar despercebida. Assim que seus olhos se encontraram, a tensão se desfez um pouco — as duas se abraçaram forte, como quem busca alívio e coragem no calor da outra. — Você veio rápido — murmurou Anne, a voz baixa, quase aliviada. — Eu não podia demorar — respondeu Sofia, olhando em volta, como se
A sala era ampla e elegante, com paredes revestidas em painéis de madeira escura que refletiam a luz suave dos abajures espalhados pelo ambiente. Um tapete persa antigo cobria o chão de tábuas largas e desgastadas, absorvendo os passos silenciosos. Na parede oposta à janela, uma estante de livros antigos guardava volumes de couro com títulos dourados, enquanto no centro da sala um sofá de veludo azul-marinho convidava ao descanso. Ela era pouco utilizada, ficava em um ambiente estratégico da casa, e Jhon vinha pouco ali, pois era o cômodo preferido de sua mãe. E ele se mantivera exatamente igual após sua morte. Cedric estava encostado no parapeito da janela, segurando um copo de uísque âmbar que refletia os últimos raios do sol poente. Seus olhos contemplavam a figura de Jhon, sentado tranquilamente em uma poltrona próxima, mergulhado em pensamentos. A quietude do momento parecia carregar um peso invisível, enquanto Cedric imaginava, em silêncio, como seria sua vida se realmente dec
Último capítulo