CAPÍTULO 168.
ELIYAHU PROKHOROV
Depois de tomar posse como Parkan da Bratva, não tive descanso. A guerra com os albaneses deixou rastros demais, alianças estremecidas e cadáveres esperando justiça. Como novo comandante, é minha função limpar tudo — com precisão cirúrgica.
Não tenho tempo para distrações. Nem para ternura. Nem para Darina.
Mas mesmo longe, o nome dela paira como poeira no fundo dos meus pensamentos. Não sinto falta de conversas. Sinto falta dos detalhes. Dos pequenos sinais de que ela me pertence. Dos lábios obedientes. Da pele quente. Do olhar que tremia entre medo e desejo. Dos seios tirando leite, de como é bom chupa-los. Da inocência condicionada. De saber que ela está onde deixei.
Só que... parece que não está mais.
Meus seguranças relataram: ela sai frequentemente com um homem. O supervisor do estágio. Warner Jackson. Vinte e cinco anos. Olhos azuis, boa reputação, pais vivos. Um rosto limpo demais para alguém que se aproxima da minha boneca.
Mandei levantar um dossiê complet