Corro como se minha vida dependesse disso. Cada passo parece ecoar dentro do peito, como se meu coração fosse explodir a qualquer momento. Chego em casa em questão de segundos, mas é como se tivesse corrido por horas intermináveis. Assim que entro, fecho a porta com força, tranco duas vezes e vou direto até o sofá. Sento-me ali, sem forças, e só então consigo respirar fundo. Passo as mãos pelos cabelos, tentando colocar os pensamentos em ordem, mas tudo gira na minha cabeça como um turbilhão de imagens, cheiros e lembranças recentes. Meu coração parece que vai saltar pela boca de tão rápido que b**e.
Como ele pôde me beijar de novo? E, pior: como eu pude deixar que me beijasse daquela forma? Acho que, se não tivéssemos parado para respirar, teríamos nos atacado ali mesmo. Por que aquele idiota tem que ter um beijo tão bom? Como posso estar tão fascinada por um gesto tão simples, tão perigoso? E então, pensando no beijo… minha ficha finalmente cai.
— Eu bati nele? — pergunto em voz ba