Ela me esconde algo.
— Essa é a realidade: eu tenho namorado e o amo…
Não deixo que ela termine de pronunciar aquela frase, muito menos que o nome dele saia da boca dela. Antes que consiga, seguro-a pelos ombros, viro-a de frente para mim e tomo seus lábios num beijo urgente, forte, quase selvagem. Preciso calar a besteira que ela estava prestes a dizer. Sinto o corpo dela se retesar, as mãos empurrando meu peito, tentando me afastar. Mas não cede nem um centímetro — eu sou um Alfa, o corpo dela reconhece isso, mesmo que a mente lute. Essa resistência dela, cada vez que eu a beijo, é uma guerra inútil. E, no fundo, ela sabe disso tanto quanto eu.
Puxo-a mais para perto, colando-a em mim. Uma das minhas mãos desliza pela cintura dela, apertando levemente, enquanto a outra se enrola na sua nuca, entrelaçando-se em seus cabelos fartos. Puxo-os suavemente, apenas para lembrar quem está no controle, e aprofundo o beijo, deixando meu gosto, meu cheiro, meu domínio. Por um instante, ela cede. Por um instante, e