Homens sendo meninos.
Eu me deixei levar pela raiva, e sei que isso não é algo bonito de admitir. Nunca imaginei que chegaria ao ponto de torturar alguém. Mas a verdade é que, naquele instante, quando Vanessa estava diante de mim, algo dentro de mim simplesmente… quebrou. Foi como se a razão tivesse sido arrancada do meu peito e substituída por uma força primitiva, instintiva e sombria.
Não era a Helena que falava — era o meu lobo. Era Rania, a fera dentro de mim, rugindo com fúria, clamando por justiça, sedenta por proteger o que era nosso.
Theo sempre diz que, quando fico assim, é como se eu fosse possuída. E, pela primeira vez, acho que ele tinha razão. Porque naquele momento eu não era apenas uma mulher, nem uma Luna, nem a esposa do alfa. Eu era uma mãe ferida, uma loba defendendo seu filhote. E não existe criatura mais perigosa do que uma mãe que vê seu filho ameaçado.
Ver Vanessa quebrando o pescoço daquele menino — mesmo sabendo que não era realmente o nosso filho — me fez sentir um tipo de deses