Se alguém me perguntasse se eu planejei essa viagem para tirar proveito de Helena, eu responderia sem hesitar: não. Não foi para isso que vim para cá, nem que imaginei que seria assim. As coisas simplesmente aconteceram. Não vou mentir: terminou da melhor forma possível. Agora somos um do outro por completo, duas metades que finalmente se encontraram, duas almas que se reconheceram. Ela é minha de corpo, alma e coração, e eu sou dela inteiramente — dos pés à cabeça. Cada fio de cabelo meu, cada respiração, pertence a Helena. Sei que pode soar brega, mas é exatamente assim que estou me sentindo: um brega apaixonado, um homem inteiro pela primeira vez.

Quando ela falou que me desejava, que me queria, eu jurei estar sonhando, daqueles sonhos que você acorda com medo de perder. Por dentro, lutei para não parecer inseguro, mas meu lobo já vibrava antes mesmo de ouvir as palavras saírem de sua boca. Claro que eu já tinha pensado muitas vezes em como seria estar com ela de verdade. Sempre im