O dia de hoje está tão estranho. Eu me sinto estranho. Parece que a dor da conexão cortada com Helena está aumentando, mas não é só isso. É como se o vazio estivesse crescendo dentro de mim, como se algo me fosse arrancado pouco a pouco. A cada hora, o peso em meu peito se intensifica. O que mais me incomoda é que não é apenas a dor da rejeição. É o anseio, a necessidade de vê-la, de sentir o cheiro dela. É como se a única forma de eu respirar em paz fosse tendo Helena por perto.

Mas como posso desejar a presença dela se fui eu quem a rejeitou? Não faz sentido. Eu cortei nossa ligação, deixei claro que não queria esse destino ao meu lado. E, ainda assim, continuo desejando aquilo que deveria ter destruído.

Eu me enganei. Achei que, por ela ser uma ômega, a dor seria suportável, que a ligação se desfaria sem maiores marcas. Pensei que a Deusa teria facilitado as coisas para mim, mas agora percebo o quanto fui tolo. Não há diferença. A alma não mede força ou classe. A dor é a mesma, ou