Demorei a conseguir dormir naquela noite. Passei horas olhando para as fotos que tirei à tarde, mas uma em especial me encantou: uma em que eu estava com a Nina. A imagem capturava um instante de pura felicidade, como se naquele momento nada mais no mundo importasse. A expressão de alegria dela iluminava a foto, e me peguei sorrindo sozinha. Sem pensar duas vezes, coloquei-a como papel de parede do meu celular. Era como ter um pedacinho de amor sempre comigo.
Essa menina me encanta em todos os sentidos. Faz tanto tempo que não me sinto amada, que não sinto que pertenço a algum lugar. Mas, com ela, tudo parece diferente. Nina me olha como se eu fosse essencial, como se eu fizesse parte do mundo dela. E isso assusta. Porque eu sei que ela não é minha, mas meu coração se recusa a aceitar.
Mais tarde, recebi uma ligação da Ramona. Ela queria me contar sobre o dia dela, algumas coisas da escola, e acabamos conversando por horas. No meio do papo, contei sobre Juan e Nina, e até mencionei Ch