Rosa
Na manhã seguinte, seguimos nossa rotina como de costume, mas dessa vez fomos de carro. O dia passou tão rápido que, quando percebi, já era a hora da saída.
Como na véspera, Juan me esperava no portão e, para minha surpresa, me entregou outra rosa branca.
— Você é muito fofo — murmurei, segurando a flor com carinho.
Ele sorriu, um pouco sem jeito.
— Só queria te ver sorrindo.
Assim que ele se afastou, senti um olhar atravessado sobre mim. Senhorita Grey, a professora que sempre tinha um comentário na ponta da língua, estava parada na porta, de braços cruzados.
— Dando em cima do pai da minha aluna, senhorita Fernández?
Revirei os olhos internamente, mas preferi ficar calada. Engolir sapo às vezes é mais saudável do que discutir.
— Oi, meninas! — outra professora apareceu, sorrindo.
— Oi! — respondemos juntas. Aproveitei a deixa e escapei para a sala, onde arrumei minhas coisas até que todos os meus alunos fossem embora.
Quando fui até a sala dos professores guardar um