Felipe
Lorena simplesmente sumiu.
Não apareceu no restaurante, não respondeu às mensagens, não atendeu às minhas ligações. Um vazio estranho foi se abrindo a cada toque sem resposta — e, com ele, a angústia.
Fui até a escola e esperei na recepção, na esperança de cruzar com ela nos corredores. A recepcionista, educada, disse que ela não havia ido trabalhar — que estava “doente”. Aquilo não fazia sentido. Ela havia aceitado me ver; marcara o encontro; e, de repente, evaporara. Será que o medo que eu vi em seus olhos a deixou assim? Será que ela realmente acreditou que eu poderia fazer mal a ela? A ideia me perfurou por dentro.
Sem respostas e sem saber onde encontrá-la, fui atrás de Laila. Marquei com ela e, na quarta-feira, sentei-me diante dela com o rosto pesado.
— Felipe? A que devo a visita? — perguntou, com aquele tom direto que eu já conhecia.
— Laila, a Lorena sumiu. Ela não apareceu ao encontro que marcamos e não respondeu às minhas mensagens e ligações.
— Sumiu? Mas falei com