Felipe
A semana se arrastou de um jeito que eu já não aguentava mais aquele escritório.
Reuniões, relatórios, ligações... tudo me irritava. Eu só precisava respirar um pouco, sair dali e esquecer, por algumas horas, que o mundo existia.
Quando o celular vibrou, olhei a tela e vi o nome de Marina.
— Está livre hoje à noite? Vamos sair para jantar? — dizia a mensagem.
Pensei por alguns segundos antes de responder.
— Vamos sim.
Eu gostava da companhia de Marina. Era leve, divertida, e naquele momento, era exatamente disso que eu precisava.
Nos encontramos às sete, em um restaurante que eu costumava frequentar.
— Oi, como está? — perguntou ela, me abraçando.
— Com fome — respondi.
— Só de comida é? — provocou, com aquele sorriso travesso.
— Não seja engraçadinha. Depois diz que eu é que não paro de correr atrás de você… é você que não me deixa — retruquei.
— Tem razão. Eu não resisto a você — respondeu, ainda sorrindo.
Entramos no restaurante de braços dados e, no instante em que puxei a