Lorena
Encontrar o Felipe foi uma surpresa — uma boa surpresa.
Eu não esperava vê-lo ali, muito menos acabar conversando com ele por tanto tempo. Foi leve, divertido, diferente de tudo o que eu estava acostumada. Eu me senti à vontade, sem precisar medir as palavras, sem medo de errar.
E quando ele me beijou novamente… foi melhor.
Demorado, doce e cheio de algo que eu não sabia explicar.
Talvez carinho, talvez desejo, talvez apenas a sensação de ser olhada com ternura, coisa que fazia tanto tempo que eu não sentia.
Ele me chamou para sair no sábado,eu aceitei, mas o trabalho me impediu, eu chegaria muito tarde e no fundo, havia também o medo — medo de que meu pai descobrisse. Então desmarquei, tentando não deixar transparecer a decepção que senti ao fazer isso.
Na quarta-feira, quando cheguei em casa, encontrei meu pai na sala, sentado, com um sorriso largo no rosto.
Um sorriso que não era natural nele.
— Parabéns, Lorena. — disse ele, levantando-se. — Já temos o contrato. Você foi pe