O chalé era antigo, de madeira escura e janelas empoeiradas, cercado por pinheiros altos que sussurravam com o vento. Ficava à beira de um lago, espelhado e silencioso como se o tempo tivesse parado ali. Adam parou o carro diante da varanda e saiu primeiro, observando os arredores com o velho instinto de vigilância. Quando se certificou de que estavam sozinhos, abriu a porta para Ana.
Ela desceu devagar, observando cada detalhe do lugar como se fosse algo precioso demais para ser tocado.
— É lindo — murmurou. — É seguro?
— É nosso, Ana. Só nosso.
Entraram juntos. O interior do chalé era simples, mas acolhedor: móveis rústicos, uma lareira antiga, tapetes felpudos. As paredes guardavam o cheiro de madeira e lareira antiga, e por um momento, Ana se deixou perder naquela atmosfera tão distante de tudo o que viveram.
— Há água quente — disse Adam, abrindo uma porta lateral que levava ao banheiro. — E comida suficiente para alguns dias. Nada de eletricidade, só gerador... mas não acho que