Ângela olhou nos olhos azuis do homem, ele tossiu diversas vezes e ela segurou sua mão.
Aquele homem era seu pai...
A mulher sentiu o toque frio das mãos dele e um nó se formou em sua garganta. As mãos dele tremiam.
— Você quer vingança. Eles te machucaram tanto assim? — Ângela desviou o olhar e apenas assentiu.
— Por que o senhor nunca me procurou? Fui criada por um homem que sabia que eu não era sua filha e apenas me desprezou. — desabafou, sua voz tremendo.
De repente se lembrou de como nunca realmente teve escolha sobre como sua vida seria.
Tudo havia sido decidido por Patrício Velar, que a via apenas como um objeto que devia gerar lucros para ele.
Assim que eu não era mais útil, ele me expulsou de sua vida. Pensou ela amarga.
— Sua mãe não desejava um escândalo e na época eu também era casado... ela me fez jurar que não reclamaria sua paternidade. — esclareceu ele.
Deus...
O que ela devia fazer agora? Sentia um ódio profundo por Heitor e sua prima.
Mas havia coisas na casa que e