Capítulo 72

O trem chegou a Barcelona pouco depois das dez da manhã, atravessando a cidade como uma linha que costura possibilidades.

Allegra desceu com os olhos famintos.

O ar era diferente.

Mais quente, mais salgado, mais elétrico.

Como se cada rua estivesse prestes a contar uma história.

Lucca vinha ao seu lado, sorrindo.

O violino nas costas.

As mãos nos bolsos.

— A cidade parece que dança — ela murmurou.

— Porque dança mesmo.

Mas espera você entrar no ritmo.

O carro que os levou até a casa temporária cruzou bairros com grafites imensos, ruas estreitas com varais coloridos e pátios onde senhores jogavam cartas.

Tudo era vivo.

Tudo era arte.

A casa ficava no bairro de Gràcia — charmoso, boêmio, cheio de cafés que pareciam ilustrações.

Era uma construção antiga, de fachada amarela e janelas com molduras verdes.

No portão, um detalhe em ferro dizia: “Casa de la Llum” — Casa da Luz.

Quando entraram, Allegra prendeu a respiração.

O chão era de ladrilhos hidráulicos, os tetos altos, e a luz…

a luz
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