Adriana chegou ainda cedo, com uma mala de rodinhas, uma pasta de couro e um olhar que dizia tudo:
isso era mais do que burocracia.
Era um chamado.
— Pronta? — ela perguntou, ainda do lado de fora da casa.
Lucia assentiu.
— Nunca estive tão… alerta.
Serena apareceu com café para as duas, e as levou até a sala onde o envelope aguardava.
Elena já estava ali, sentada numa poltrona.
Discreta. Quase invisível.
Adriana abriu a pasta.
— Trouxe scanner, notebook e um HD criptografado.
Nada disso vai sair daqui sem a sua permissão.
Lucia sentou-se à mesa.
— Então vamos começar.
—
O conteúdo do envelope era maior do que imaginavam.
Documentos selados, registros bancários, cartas cifradas e... listas.
Listas longas, escritas à mão, em papel antigo.
Cada nome vinha com anotações laterais:
“desaparecida – 2018 – México”
“vendida – 2015 – Ucrânia”
“sobrevivente? verificar – Brasil”
Serena cobriu a boca.
— Meu Deus…
Lucia leu em silêncio.
— Ele guardou tudo.
Como se fosse… um troféu.
Elena abaixou a