A mansão ainda cheirava a pólvora emocional da última noite.
Camila presa.
Giulia dentro das nossas paredes, mesmo sem pisar aqui.
E eu, com meu diário violado, memórias arrancadas e uma promessa silenciosa:
Ela não vai me quebrar.
Vesti preto.
Reto.
Sem joias. Sem perfume.
Hoje eu não era esposa.
Era ameaça.
—
Encontrei Vittoria Mancini em um antigo restaurante no subsolo de Roma, onde paredes de pedra abafavam qualquer microfone escondido.
Ela já me esperava com uma taça de vinho na mão.
— Que bom que veio — disse ela. — Já estava achando que ia ter que destruir a Giulia sozinha.
Sentei.
— Não vim pedir ajuda. Vim te oferecer um pacto.
— Estou ouvindo.
—
Expliquei meu plano em voz baixa.
— Ela vai ao baile da Família Bellini, certo?
— Sim. Eles estão tentando se manter neutros na guerra, então farão aquele teatrinho de diplomacia, máscaras, sorrisos... e facas por baixo das mesas.
— Ótimo.
Quero fazer minha jogada lá.
— Que tipo de jogada?
Olhei para Vittoria com frieza.
— A pública