A lembrança do papel entre os dedos de Carly parecia um pedaço de fogo vivo, queimando sua pele, gravando cada palavra em sua memória. Ela piscou várias vezes, tentando esquecer o que tinha lido. Mas uma frase percorria insistentemente em seus pensamentos:
"Eu só queria ser amada, apesar de tudo."
O celular ainda estava em sua mão, a tela brilhando com a ligação. Carly sentiu o coração bater forte contra o peito, como se quisesse sair pela boca. O nome de Serina não era o que esperava ouvir. Por um momento, ela imaginou que fosse alguém trazendo mais um segredo, mais uma peça do quebra-cabeça que sua família escondia. Mas não foi.
— Por que você ligou de um número privado? — Carly perguntou, sem rodeios, tentando esconder o alívio misturado com irritação.
Serina hesitou por um momento.
— Foi sem querer. Tenho esse benefício no meu plano.
A voz dela parecia estranhamente casual, mas Carly conhecia as tramas de sua irmã. Havia algo por trás naquele tom de voz, algo que não queri