O sol da tarde dourava o campo onde acontecia o campeonato amador da escola. Guilbert, focado sob as traves, era o goleiro de seu time. Vestia o uniforme azul-marinho com orgulho, suado e marcado pelas defesas espetaculares que vinha fazendo.
A final estava eletrizante, com gritos da torcida ecoando das arquibancadas ao redor do campo. Cada lance era uma verdadeira batalha física e emocional. Gui mantinha os olhos cravados na bola, pronto para reagir a qualquer movimento. Nos minutos finais, o adversário arriscou um chute potente. Mas, o goleiro se lançou no ar e espalmou a bola para o lado, salvando o jogo. O apito final soou, e o time da Manancial comemorou, correndo e se abraçando de pura alegria.
— Êh, campeões! Campeões! — Gritaram em coro, levantando os braços.
Mas nem todos aceitaram a derrota com esportividade. Jogadores do time adversário se aproximaram com olhares carregados de ameaça. Primeiro vieram os insultos velados, provocações sutis. Depois, como um barril de pólvora,