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Matheus narrando
Fiquei parado, hipnotizado por tamanha beleza. Valéria molhada, a pele brilhando com o sol que já se despedia, os cabelos colados nos ombros, o olhar perdido em algo que me puxava como um ímã. Eu sabia que deveria virar as costas, que deveria me controlar, mas era impossível.
Meu corpo inteiro gritava por ela.
A sensação era de que eu tinha ficado ali por horas, preso, até que finalmente reagi. E quando reagi, não pensei duas vezes. Atravessar aquele espaço foi instinto, não razão.
Segurei-a pela cintura, com firmeza, e antes que qualquer palavra pudesse existir, eu a beijei.
Foi bruto. Foi cheio de fome, de urgência, de toda a expectativa que eu vinha reprimindo há tempo demais. Era como se meu corpo tivesse guardado aquilo em segredo e, finalmente, tivesse encontrado a brecha para soltar tudo de uma vez.
Ela tremeu nos meus braços, e aquilo só me fez segurá-la ainda mais forte. O beijo dela respondeu ao meu de um jeito desesperado, como se também tivesse