Henrique não esperou mais nada. Segurou a nuca de Isadora e puxou-a para si, colando os lábios dela nos dele com uma intensidade quase faminta. O choque percorreu o corpo dela, mas não foi prazer que sentiu, foi raiva. Imediatamente, Isadora empurrou o peito dele com força e recuou, olhando-o com raiva.
— Não! — disse firme, respirando pesado. — Eu não estou afim de fazer de você o meu prostituto particular.
Henrique arqueou uma sobrancelha, o canto da boca se curvando num sorriso debochado.
— Prostituto particular… gostei da escolha das palavras. — A voz dele soava como veludo. — Mas não era bem isso que eu tinha em mente.
Ela cruzou os braços, tentando segurar o tremor das mãos.
— Então o que você tinha em mente, Henrique? Porque até agora, tudo que eu vejo é você se oferecendo para fazer "favores'' para retribuir os gastos que terei.
Ele inclinou o corpo para frente, com os olhos fixos nela, intensos.
— A gente vai estar casado por um tempo indeterminado, Isa. Não faz sentido nenhu