Nosso início.
continuação
A respiração dele ainda batia quente na minha nuca quando senti os dedos dele soltando a última volta da algema.
Minhas mãos caíram pesadas sobre a cama… e eu fiquei ali… deitada de bruços… tentando me recuperar… o coração disparado… o corpo todo sensível… e a pele marcada pelos toques dele.
Senti ele se deitar ao meu lado… e, por um segundo, deixei o silêncio tomar conta.
Mas claro… minha consciência logo começou a gritar.
— Eu… — Tentei me levantar, buscando algum resquício de dignidade. — Eu preciso ir…
Ele virou o rosto na minha direção… com aquele sorriso preguiçoso… e um olhar que deixava claro que ele não tava nem um pouco disposto a me deixar sair.
— Vai fugir agora? — Ele perguntou, a voz ainda rouca… grave… com aquele tom arrastado de quem tava satisfeito… mas longe de saciado.
— A gente não pode chegar juntos amanhã. — Argumentei, pegando a roupa largada no chão e tentando me cobrir. — Já vão começar as fofocas só por a gente ter sumido no mesmo horário