Continuação.
— Olívia! — gritei, indo atrás dela. — Olívia, para! A gente precisa conversar!
Ela continuou andando rápido pela areia, o vestido esvoaçando com o vento, as mãos tentando limpar as lágrimas, mas era impossível disfarçar o quanto ela estava destruída.
— Eu não quero você perto de mim! — ela virou de repente, a voz alta, trêmula, com os olhos avermelhados. — Sai de perto de mim, Otávio! Me deixa em paz!
Me aproximei mais, e ela recuou, mas antes que conseguisse escapar, segurei o braço dela de novo.
— Eu não vou soltar — falei, com a respiração acelerada, a garganta fechada. — Não vou… não até a gente resolver isso.
Ela tentou de novo se soltar, forçando o corpo pra trás, me empurrando com as duas mãos. Eu me mantinha firme, mas ela não estava facilitando. Começou a bater no meu peito com força, como se quisesse me machucar, como se quisesse extravasar tudo o que estava guardado.
— Solta, Otávio! Eu tô falando sério! — gritou.
— Não vou! — disse entre os dentes. — N