Era o cúmulo encontrar a mãe do Otávio. Eu já sabia o que viria: as mesmas acusações de sempre. Respirei fundo e voltei ao meu trabalho, tentando ignorar o peso daquele encontro. Estava indo buscar alguns relatórios quando dei de cara com o mesmo cara que eu tinha visto no apartamento do Otávio, no dia em que fui levar as roupas dele.
Ele me parou no corredor.
— Você é a Olívia? — perguntou, com um sorriso simpático.
— Sou... — respondi, apressada, sem entender o motivo da abordagem.
— Então finalmente conheci a melhor amiga do meu docinho.
— Docinho? — Franzi a testa. — Como assim?
— A Laura... não é sua melhor amiga?
— Sim! Espera... — Arregalei os olhos, um sorriso já se abrindo no meu rosto. — Mentira... — perguntei, animada.
— Verdade! Sou o namorado dela.
— Meu Deus! Como assim? — Ri, surpresa. — Me conta isso direito! Ela me escondeu esse romance? — Sem pensar, o puxei pelo braço. — Vem comigo, vamos pra cantina! Quero saber tudo!
A gente se sentou num canto mais vaz