Olívia narrando
Depois daquele choque da notícia da premiação, eu sabia que precisava de um tempo pra mim. Nada melhor do que um dia de compras pra espairecer — e, claro, pra garantir que eu não ia passar vergonha no evento representando a empresa.
Peguei o chefe no sapatinho e saí mais cedo, com o coração um pouco mais leve só de pensar em fugir daquela atmosfera pesada da firma. Liguei pra Laura na hora, e, como eu suspeitava, ela topou na hora.
— Dia de garotas, hein? — ela falou animada do outro lado da linha.
— Exatamente! — respondi sorrindo. — Vamos atrás daquele vestido que me faça parecer que não tô sofrendo por dentro, mas que tô arrasando por fora.
Nos encontramos no shopping, eu e Laura com aquele espírito pronto pra botar o mundo abaixo — ou pelo menos as araras da loja de vestidos.
Experimentamos de tudo: vestidos que pareciam feitos pra festa de formatura dos anos 90, modelos tão apertados que eu mal conseguia respirar, e até aqueles cheios de brilhos que